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Incorporando Startups em seu Portfólio de Investimentos

Muito se tem falado sobre startups, não é difícil ver notícias e materiais na rede com cifras de vários dígitos relacionado a investimentos nestas empresas. É fato inegável que muitas empresas precisam de grandes investimentos para conseguir escalar seus serviços, aumentar as áreas de atendimento, internacionalizar, entre outros. Mas afinal, onde nós meros mortais nos encaixamos neste processo? Eu consigo investir em startups? Quais instrumentos posso utilizar? Como eu classifico isso dentro do meu portfólio?

Para contextualizar precisamos fazer uma breve explicação sobre como se dividem os investimentos pessoais , é possível encontrar milhares de outros materiais detalhados na internet sobre este tema, basicamente uma pessoa física pode possuir investimentos classificados como Caixa(dinheiro disponível, rápido), Renda Fixa(LCI, LCA, CRA, LIG e muitos outros), Renda Variável( Ações, FIAs), Internacional/global( investimentos fora do país), previdência e ALTERNATIVOS, é apenas sobre esta última classe de ativos que vamos falar.

Para encarar a incerteza e aumentar as noites de sono tranquilo, os investidores de mais sucesso apostam em diversificação do patrimônio, ou seja, não colocar todo o dinheiro em apenas um tipo de investimento, segundo Harry Markowitz, “a diversificação é o único ‘almoço grátis’ em investimentos”. Pensando nisso, os investimentos classificados como alternativos tem ganhado destaque nos últimos anos, tendo seu peso crescente dentro da composição dos investimentos.

Investimentos Alternativos diferem dos tradicionais que conhecemos, como ações, títulos ou tesouro. Eles podem incluir “private equity”, imobiliário, FIPs, FDICs, criptomoedas, STARTUPs, entre outros.

Existem explicações técnicas como, por exemplo, a natureza não correlacionada desse tipo de investimento com as outras classes, ajudando a reduzir a volatilidade, mas o que quero mostrar é que, há uma década, esta categoria de alternativos não representavam mais do que um dígito em percentual sobre total de investimentos, e isso está crescendo rapidamente, não é raro ver algum grande investidor compartilhando sua carteira e atingindo 20% ou mais em alocação para alternativos.

Dentro dessa classe de alternativos encontra-se os investimentos em startups, onde os instrumentos mais comuns para se investir são:

  • Fundos Especializados: BossaNova Investimentos e Astella Investimentos. Estes fundos possuem uma gestão profissional, fazem uma seleção e curadoria dos projetos, captam dinheiro de dezenas ou centenas de investidores e aportam, buscando um crescimento rápido e exponencial, com o valor mínimo de investimento, em geral, alto na faixa de R$100.000,00(cem mil reais), para investidores qualificados.
  • Crowdfunding: Modalidade onde existem fracionamentos de cotas. Geralmente uma plataforma com site aberto para captação no varejo, você entra e escolhe uma startup para investir e investe com valores a partir de R$1.000,00(mil reais). Paga e a própria plataforma gera os contratos e instrumentos jurídicos, como é o caso da Platta.
  • Investidor Anjo – Investir capital próprio em startups em troca de participação acionária. Além do capital, os “investidores anjos” frequentemente fornecem orientação e networking para as startups.
  • Investimento direto – Neste modelo você conhece alguém da sua região, geralmente amigos ou parentes, que estão com uma startup e buscam dinheiro em troca de uma participação no negócio. Desta forma, é possível emprestar o dinheiro e ganhar juros com opção de conversão em participação acionária.

 

É importante ter ciência de que os riscos são altos e o horizonte de investimento é a longo prazo, ou seja, se você investir em startups usando qualquer um dos caminhos indicados acima, você não pode precisar resgatar esse dinheiro rapidamente. Classificamos como “longo prazo” algo em torno de 7 a 10 anos.

Além disso, é fundamental que seja definido um peso para esse tipo de investimento, por exemplo, se o seu patrimônio atual é de R$100.000,00(cem mil reais), isso desconsiderando sua reserva de emergência, você deve investir em alternativos em torno de  R$5.000 a R$20.000, no máximo, a depender do seu perfil de apetite ao risco. Mesmo dentro desse valor dos alternativos, existe o peso individual de cada ativo, você não deve investir mais que 2% a 3% em um único ativo (uma startup por exemplo), há dezenas de opções de alternativos e a melhor recomendação seria distribuir dentro destas.

Não é raro ver pessoas que possuem 50% ou mais de seus patrimônios investidos em alternativos, por exemplo, na onda de criptomoedas e tantas outras, essa pessoa está sendo no mínimo, irresponsável, com seu patrimônio e como diz o jargão popular “dinheiro não aceita desaforo”, as probabilidades de destruição de patrimônio são grandes para este investidor.

Agora que você já conhece um pouco sobre como investir em startups, fique ligado em nossas redes sociais e site, estamos sempre falando de assuntos relacionados ao mundo de inovação e empreendedorismo.

Forte Abraço.


Sobre o autor

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Wagner Furquim

Trabalhando há mais de 20 anos com prestação de serviços em telecomunicações, agora empreendendo em outras áreas, buscando se conectar com pessoas brilhantes e bons negócios, disposto a compartilhar experiências corporativas para somar.

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